Escrita por Ery Lopes
Na imensidão desse Mundo, havia um pequeno reino onde a vida era monótona, quer dizer, em que tudo era mais ou menos a mesma coisa, todo dia, toda hora. Ou seja, era um reino meio que sem graça e quem morava lá vivia em tédio, sem emoção — uma verdadeira melancolia. Faltava acontecer alguma coisa lá para reanimar a vida!
Então, um dia, alguns cidadãos se reuniram e começaram a discutir sobre por que a vida no Reino Monótono era tão monótona e sobre o que poderia ocorrer para que as coisas por lá pudessem melhorar.
Foi então que um cidadão sugeriu:
— Todo reino é como a imagem dos seus governantes. Se eles forem felizes e bons, o reinado será feliz e bom; mas se eles forem tristes e maus, da mesma forma será o reino.
Aplausos!
Todos gostaram da fala desse cidadão — embora ele parecesse bem mais melancólico que os demais. Ele não parecia acreditar que as coisas fossem melhorar.
Era um rapaz até bem apresentável, saudável e talentoso. Todos reconheciam que ele era o melhor artesão do reino. Ele pintava, fazia esculturas, fabricava e tocava instrumentos musicais. Mas só pintava quadros tristes, só esculpia rostos deprimidos e suas composições eram melancólicas. Alguns diziam, inclusive, que ele era o moço mais triste do reino.
Mas ele levantou uma boa questão, tanto que outro cidadão aproveitou a ideia dele:
— O Artesão tem razão! Nosso reino é monótono e triste exatamente como assim são nossos monarcas! Nosso rei e nossa rainha vivem em uma tristeza profunda!
Todos sabiam qual era a maior tristeza do palácio real, mas no meio daquela gente, uma cidadã teve uma ótima ideia, para mudar a vida dos seus monarcas e, com isso, espalhar alegria no Reino Monótono.
Você sabe qual era a maior tristeza da rainha e do rei?
Sabe qual foi a ideia que essa cidadã teve?
Não? Pois eu conto no próximo capítulo.